O Brasil é o maior produtor de fibra de celulose curta do mundo e um dos maiores produtores de papel. Apesar de fazer parte da vida de todos, a indústria fornece muito mais do que apenas folhas, a celulose é utilizada na indústria têxtil para fabricação de tecido; na construção civil, como isolamento elétrico; na fabricação de biocombustível, entre outros. Com o desafio de atender tantos mercados de maneira efetiva, a tecnologia de áudio e vídeo IP entrou de vez em todas as etapas do processo para evitar falhas que interrompam a operação, um contratempo que representa um prejuízo milionário, e manter a qualidade do produto.
Na prática, o sistema de videomonitoramento oferece benefícios que vão além da segurança. Com câmeras posicionadas estrategicamente e analíticos de vídeo inteligentes, é possível monitorar máquinas de papel e secadores de celulose para detectar quebras de folhas, defeitos e qualquer outro incidente significativo à distância. Com equipamentos visuais e térmicos (IR), nenhuma condição de iluminação é um impeditivo para acompanhar a operação em tempo real.
Outra preocupação da indústria é o risco de explosões. Ambientes empoeirados como serrarias ou áreas que contêm materiais inflamáveis, qualquer fagulha pode significar um acidente. Por esse motivo, existem regulamentos rigorosos em relação às instalações industriais e fabris que detalham diferentes zonas dentro das quais apenas determinados equipamentos são certificados para serem utilizados, incluindo câmeras de vigilância. De forma simples, as câmeras à prova de explosão são colocadas em um invólucro resistente, geralmente feito de aço inoxidável ou alumínio, que elimina o risco de que qualquer possível faísca cause um acidente.
Assim, as câmeras de vídeo em rede são muito mais do que imagens ao vivo. Com o uso crescente de aprendizado profundo, os equipamentos detectam padrões, tendências e irregularidades. Por exemplo, se os colaboradores estão usando as roupas de proteção apropriadas ou até na detecção de princípios de incêndio. As imagens podem ser aprimoradas com integração de outros sensores, como de calor e térmicos, para detectar a temperatura do maquinário e assinalar se estão variando fora dos limites seguros e, se for o caso, reduzir ou desligar a energia automaticamente.
Hoje, a Indústria de Papel e Celulose aponta para uma fase de intenso crescimento. Cada vez mais, o plástico está sendo substituído pela celulose, como uma alternativa mais sustentável para embalagens, com um menor tempo de decomposição no meio ambiente. Deste modo, aumentar a produtividade, reduzir riscos e prejuízos, não é apenas um interesse adicional, mas uma tarefa fundamental. A tecnologia está pronta para colaborar e a medida que cresce o papel da celulose em diferentes mercados, se intensifica a necessidade de soluções inteligentes de áudio e vídeo para otimizar todas as etapas do processo.