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19/08/2022 às 10h21min - Atualizada em 21/08/2022 às 00h01min

Agricultor precisa usar somente defensivos registrados sob pena de significativos prejuízos, alerta especialista

SALA DA NOTÍCIA Viviane Righetti Passerini

Os defensivos agrícolas são importantes soluções para proteger os cultivos agrícolas contra o ataque de insetos, plantas daninhas e fungos, entre outros problemas, que prejudicam a produtividade e podem colocar em risco o abastecimento de alimentos para a população. Contudo, o agricultor precisa estar atento às indicações de uso desses insumos. Afinal, aplicar um produto não registrado para ela pode acabar prejudicando o resultado da lavoura, comprometendo o resultado econômico do negócio. 

"Os defensivos agrícolas requerem muita atenção e cuidado no planejamento das aplicações. Quando fazemos uso de produtos não registrados, estamos colocando em risco a flora, a fauna e os ecossistemas da região", afirma Cleber Brandino, engenheiro agrônomo de empresa associada ao Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg). 

Esse risco, explica o especialista, acontece porque os produtos possuem indicações de uso bastante específicas, com eficácia comprovada após um longo período de validação científica e registro pelos órgãos reguladores como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). 

"Usados corretamente conforme aprovado pelos órgãos reguladores, os produtos são seguros e eficazes. O uso incorreto dos insumos agrícolas pode até envolver risco de intoxicação de trabalhadores, moradores e produtores, contaminação da água de abastecimento e dos alimentos, prejudicando a saúde das pessoas. Por isso, é extremamente importante ser rigoroso com a prescrição da bula dos produtos e o receituário agronômico. Somente dessa forma evitamos que a aplicação incorreta prejudique a produção e, consequentemente, comprometa a oferta de alimentos", diz Brandino. 

O resultado econômico é afetado por alguns fatores. Em primeiro lugar, porque usando os defensivos de forma errada o agricultor acaba gastando mais do que o necessário com a aquisição desses insumos. Em segundo lugar, porque o uso incorreto prejudica a eficiência do produto. Por isso, é indispensável contar com o acompanhamento de um engenheiro agrônomo nas propriedades rurais. 

"Para evitar prejuízos, o agricultor pode consultar a relação de produtos registrados e seus usos autorizados, no sistema Agrofit do Mapa”, alerta o agrônomo. Informações técnicas do produto também podem ser conferidas em bula. 

É essencial estar atento ao uso correto dos insumos. Utilizar produtos sem registro adequado é crime.  

"O artigo 84 do Decreto Federal 4.074/2002, que regulamenta a Lei Federal 7.802/1989, determina que o produtor é o responsável civil, penal e administrativo dos danos causados à saúde dos consumidores e do meio ambiente quando utiliza defensivos em desacordo com as especificações do registro do produto. Além disso, os órgãos fiscalizadores podem determinar a destruição da cultura em que houve uma aplicação irregular. O assunto é sério", finaliza Brandino. 

Certificar-se de que os defensivos agrícolas estão devidamente registrados e recomendados para determinadas culturas é uma das "Regras de ouro para o uso de defensivos agrícolas", conteúdo elaborado pelo Sindiveg para orientar os agricultores sobre o uso correto e seguro dos insumos. A entidade também oferece treinamento online, gratuito e com certificado para os interessados em saber mais sobre a importância e o uso inadequado dos defensivos. Ambos os conteúdos estão disponíveis em www.sindiveg.org.br. 

Sobre o Sindiveg   

O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) representa a indústria de produtos para defesa vegetal no Brasil há mais de 80 anos. Reúne 26 associadas, distribuídas pelos diversos Estados do País, o que representa aproximadamente 40% do setor. Com o objetivo de defender, proteger e fomentar o setor, o Sindiveg atua junto aos órgãos governamentais e entidades de classe da indústria e do agronegócio pelo benefício da cadeia nacional de produção de alimentos e matérias-primas. Entre suas principais atribuições estão as relações institucionais, com foco em um marco regulatório previsível, transparente e baseado em ciência, e a representação legitima do setor com base em dados econômicos e informações estatísticas. A entidade também atua fortemente para promover o uso correto e seguro, levando conhecimento e educação aos produtores e respeitando meio ambiente, leis e normas. Para mais informações, acesse www.sindiveg.org.br. 

 


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