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31/05/2023 às 16h16min - Atualizada em 01/06/2023 às 12h42min

Fórum ANEC Mulheres reúne representantes da liderança executiva feminina

Fórum ANEC Mulheres reúne representantes da liderança executiva feminina

SALA DA NOTÍCIA ADS Comunicação Corporativa
Foto divulgação - 1º Fórum ANEC Mulheres


Durante o encontro, foram apresentados cases que demostram o protagonismo da mulher na gestão das empresas 

Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC), que representa os exportadores dos setores de soja, milho e farelo, realizou na segunda-feira (29) o 1º Fórum ANEC Mulheres, evento com palestras da liderança executiva feminina, que reuniu 147 pessoas em São Paulo (SP), que lotaram o espaço. O encontro é uma iniciativa do grupo ANEC Mulheres, que busca incentivar a liderança feminina no agro e, por isso, trouxe exemplos inspiradores daquelas que ocupam posições de destaque em grandes empresas.  

Aline Oliveira Pezente, co-fundadora da fintech Traive, deu início ao encontro com uma palestra em que compartilhou insights sobre as tendências tecnológicas para o agronegócio. Ela destacou como a inovação e Inteligência Artificial (IA) estão impulsionando o crescimento e a competitividade no setor. “Nos últimos meses, testemunhamos uma rápida evolução tecnológica, especialmente na área de Inteligência Artificial. Embora a agricultura tenha sido um setor menos impactado por essa tecnologia, isso está mudando rapidamente”, disse.

Segundo ela, há a necessidade de uma abordagem específica para o setor agrícola. “É fundamental desenvolver algoritmos e soluções tecnológicas que sejam adaptados às necessidades e particularidades deste setor. Ainda existem desafios a serem superados e a tecnologia está avançando nessa direção”, afirma. 

Aline exemplifica que, atualmente, com a IA já é possível identificar os efeitos climáticos globais e locais que podem impactar os resultados dos produtores, além de estabelecer limites de crédito que reduzam a inadimplência.

Modelos sustentáveis

O evento promoveu um bate-papo sobre “o papel das grandes empresas na provocação de modelos sustentáveis inovadores” com a participação de grandes nomes como Giovana Araújo, sócia-líder para o agronegócio na KPMG; Paula Kovarsky, vice-presidente de estratégia e sustentabilidade da Raízen; e Carolina da Costa, Conselheira Latam da Solidaridad Network.

Para entrar no tema, Giovana, da KPMG, destacou que quando os gestores das empresas pensam em ESG (na tradução para o português, governança ambiental, social e corporativa) devem ter em foco de que maneira o negócio impacta o planeta e a sociedade. Essa postura também deve levar em conta como essa agenda pode gerar valor para os negócios, os acionistas e todos os envolvidos.

Neste contexto, Paula Kovarsky, da Raízen, ressaltou que para alcançar uma cadeia de energia limpa no agronegócio é fundamental monetizar e valorizar esse tipo de produção. Na Raízen, uma das principais gestoras agrícolas globais, está em curso um processo de construção de cadeia de valor baseada em sustentabilidade.  “Criamos o programa Elos, com o objetivo de promover a melhoria contínua na cadeia de fornecedores, com o aperfeiçoamento das práticas de gestão social, econômica e ambiental para que os produtores de cana chegassem ao mesmo nível de sustentabilidade em que estávamos”, comentou.

Na opinião de Carolina da Costa, da Solidaridad, não há melhor lugar para se estar do que no setor agropecuário para trabalhar com economia verde. No entanto, para que essa iniciativa seja eficaz dentro de uma empresa, é necessária a integração e o engajamento das diversas áreas envolvidas“As empresas conhecem as dores e as oportunidades de inovação. Precisam estabelecer governança e integração entre as áreas para um mesmo objetivo”, destacou.

Mulheres na liderança

Erica Barbagalo, vice-presidente da Bayer no Brasil, trouxe para o evento o tema “Lideranças de Mercado e Carreira” e destacou que atualmente existem diversas iniciativas visando aumentar a participação das mulheres nas empresas. Na Bayer, 54% de cargos de liderança são ocupados por elas e as questões de gênero são prioritariamente conduzidas pelo grupo de afinidade Grow (em português, abreviatura de Representação e Oportunidades Crescentes para Mulheres), que conta com 50 participantes e tem a missão de garantir que todas tenham representatividade e voz.

De acordo com ela, embora o mundo agro seja mais masculino, não há espaço que as mulheres não possam ocupar. “Uma pesquisa de 2017 mostra que, de cada 10 propriedades rurais, duas são geridas por mulheres, algo que cresce cada vez mais. Se falarmos em administração conjunta, esse dado salta para mais de 30%”, disse.

Segundo Erica, o primeiro passo para a evolução feminina no mercado de trabalho seria transformar a consciência. “As mulheres costumam ter a chamada síndrome da impostora. Não dou conta, não estou pronta e tive sorte são algumas das frases que estão presentes na nossa vida e o pior de tudo é que ouvimos de nós mesmas”, diz.

Gestão de riscos no agro

Andrea Cordeiro, CEO do Mulheres do Agronegócio Brasil e co-autora do livro “Mulheres do Agro” tratou do tema “Rastreabilidade e gestão de risco nos negócios”. “O agro é uma indústria a céu aberto, o que significa risco o tempo todo. Por isso, o processo da porteira para dentro precisa ser cada vez mais estruturado, além de um cuidado e de um olhar diferenciado na comercialização. Especulação é palavra proibida quando falamos em gestão.”

Sobre a atuação das mulheres neste setor, ela destacou diversos pontos positivos. “A mulher tem curiosidade, visão holística e consegue analisar de maneira geral determinadas posições. Mulher é comunicativa e sabe se articular, usando as informações para garantir a rentabilidade.”

Liderança executiva feminina no agro

Para encerrar o evento com chave de ouro, foi promovido um painel com Giovana Araújo, líder de agribusiness da KPMG, Andreia Cordeiro, CEO do Mulheres do Agro Brasil e Gleize Gealh, vice-presidente de operações e comercial da Hidrovias do Brasil sobre a liderança executiva feminina no agro, onde elas abordaram os desafios de equilibrar o fato de ser mulher, mãe e atuar em cargos de liderança.

Gleize, da Hidrovias do Brasil, contou que atualmente a companhia tem 64% do quadro da diretoria composto por mulheres. Já no conselho, apenas ela representa o time feminino. “Quando os representantes do conselho me olham e dizem ‘Gleize, qual a sua opinião?’ Isso não tem preço. É uma conquista minha e de todas as mulheres. É uma bandeira que foi criada”, afirmou.  

Para as participantes do debate, ainda há um amplo espaço a ser ocupado por líderes mulheres e é evidente que elas estão se fortalecendo cada vez mais.

O Fórum ANEC Mulheres contou com o patrocínio das empresas Agroplate, Cargonave Group, Unimar, Agroinvest Commodities, Bureau Veritas, McDonald Pelz e World Shipping Agenciamentos.

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