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16/06/2021 às 19h40min - Atualizada em 16/06/2021 às 19h40min

Tite confirma Ederson, diz que Seleção está definida, mas faz mistério da escalação contra o Peru

Técnico lembra conhecimento de Gareca, que está há seis anos na seleção peruana, e vê desafio em fazer mudanças sem descaracterizar a equipe na Copa América

Bruno Cassucci e Raphael Zarko
Globo Esporte

O técnico da seleção brasileira, Tite, decidiu não confirmar a equipe depois do último treino antes da partida contra o Peru, nesta quinta-feira, às 21h, no estádio Nilton Santos. O duelo é válido pela segunda rodada do grupo B da Copa América.

O treinador disse que os atletas já sabem quem vai começar o jogo, mas não vai anunciar. Citou o conhecimento de Ricardo Gareca, há seis anos à frente da seleção peruana. Ele também disse que seu desafio é implementar as mudanças sem descaracterizar o time.

Apenas uma mudança foi confirmada: Ederson volta ao gol, no lugar de Alisson.

Tite, técnico da seleção brasileira, em entrevista coletiva — Foto: Reprodução


- Existe linha próxima entre dar oportunidade e descaracterizar o time. A ideia é manter os atletas nas funções nos clubes. Isso dá a rotina do lugar, a sensação de confiança. Ele faz o que tem domínio, o que faz no clube. Emprestando à equipe. Colocar sua individualidade, monta estrutura que ela possa ter bom desempenho, conexões que possam ter - disse Tite, antes de esconder o time.

- O Gareca tem nos enfrentado muitas vezes. Está há mais tempo que nós mesmos. Tem seis, sete anos, tem domínio muito grande. Ele pode saber a característica do nosso time.

 

Treino apontou mudanças


O treino dessa quarta, antes da delegação pegar estrada para o Rio de Janeiro, trouxe algumas trocas na equipe, que pode ter até sete alterações em relação à partida de estreia no torneio, contra a Venezuela, no domingo.

Além de Éderson, Tite colocou Alex Sandro na lateral esquerda, no lugar de Renan Lodi, e Thiago Silva na zaga ao lado de Éder Militão. O jogador do Chelsea, da Inglaterra, está recuperado de uma lesão muscular na coxa esquerda, que o afastou das últimas três partidas da Seleção. Ele substituirá Marquinhos.

No meio, Casemiro cede lugar a Fabinho, e Everton Ribeiro deve ganhar a titularidade de Lucas Paquetá. O meia do Lyon também pode ser usado na vaga de Fred, mas Tite não deu mais detalhes.

- Posso sim (usar), dependendo da estrutura, da base defensiva que utilizar - disse o treinador.

Na frente, Gabigol volta a ser titular, no lugar de Richarlison. A dúvida fica entre quem formará o trio de ataque com ele e Neymar, já que Gabriel Jesus e Éverton Cebolinha treinaram juntos (Everton Ribeiro trabalhou como curinga, jogando para o time que tinha a bola).
 

A Seleção deve ir a campo com: Ederson, Danilo, Éder Militão, Thiago Silva e Alex Sandro; Fabinho, Fred (Lucas Paquetá) e Everton Ribeiro; Gabriel Jesus (Éverton Cebolinha), Gabigol e Neymar.


O Brasil venceu os últimos oito jogos que disputou e lidera o Grupo B da Copa América, que, além do Peru, ainda conta com Equador, Colômbia e Venezuela.


Confira a coletiva de Tite:


Escassez de datas contra europeus


- Esse fato é inevitável. Não temos como mexer isso. Não é de vontade do técnico, do Juninho. Não é nossa vontade. Temos externado nossas vontades. É uma situação do calendário internacional. Não é do Manoel Flores. É de Conmebol, Fifa, federações.
 

Novo confronto com o Peru
 

(Cleber Xavier, auxiliar de Tite) – É um Peru que jogou contra Equador na ultima rodada das Eliminatórias. Jogou com marcação agressiva média, uma característica dela, mas também abaixou muito e utilizou do contra-ataque. Muitas mudanças do Peru. Sem Farfan, sem Guerrero, sem Aquino, Flores, Advincula. Vários atletas novos. Uma renovação. Alguns atletas que continuam. Estamos estudando os últimos jogos do Peru, trabalhamos buscando estratégias ofensivas e defensivas para enfrentá-los.


Ederson titular


(Cleber) - São três goleiros de altíssimos níveis. Dois estão entre os melhores do mundo. O Weverton vem fazendo um trabalho de altíssimo nível na Libertadores. Estamos trabalhando, fazendo a análise junto com o Taffarel e nesse jogo decidimos pelo Ederson.


Domínio na América do Sul
 

- Tu (jornalista) pegou uma amostragem muito longa. Logo que assumimos conseguimos ajustar a equipe, ela cresceu de uma forma que eu não imaginava. Fez uma trajetória impressionante nas Eliminatórias. Teve um momento de oscilação quando machucou o Renato Augusto. Começamos oscilar e não conseguimos ajustar. Eu sou fascinado em meio-campista.

- E no momento em que o Renato estava retomando seu melhor momento dentro do mundial perdemos para uma grande seleção. Na sequência fizemos amistosos com oscilação, críticas que eram corretas. Sabíamos que essa oscilação de performance eu queria melhores resultados que não aconteceram. Em seguida recuperamos na Copa America. É muito difícil tu perder um jogador de nível, como é o Neymar, e fomos campeões da Copa América.

- Conseguimos essa tomada e na sequência essa reestruturação com jogadores jovens da seleção olímpica. Trabalho do (Carlos) Amadeu (falecido no ano passado), Guilherme Dalla Déa, André Jardine, Paulo, do Micale. Pegando todos esses atletas que vêm sendo lapidados por eles, são muitas interpretações de etapas dentro de uma história.
 

Dupla Fabinho e Casemiro

- São dois jogadores que jogam em clubes de altíssimo nível. O Casemiro, na Seleção, com uma sequência enorme de jogos, definindo uma posição de primeiro meio-campista. Faz esse jogo andar com passes longos e curtos, e na parte defensiva ocupa espaço que domina muito bem. O Fabinho a mesma coisa. Faz o jogo andar no Liverpool. Tem esse passe de rotação. Menos o passe longo, mais o passe de rotação. E também tem a presença à frente. Estamos dando oportunidade ao Fabinho, convocamos algumas vezes, e estamos dando justamente para que tenhamos dois jogadores de altíssimo nível trabalhando na função.


Diferença para europeus
 

- Eu lembro de jogos preparatórios que fizemos. Contra a Rússia, faziam linha de cinco. Nos criou uma serie de dificuldades. Fomos procurar estudar, estabelecer, posicionar para ver o que essa situação nos traria. Depois enfrentamos uma Inglaterra com 5-3-2, que também nos dificultou. Logo em seguida pegamos linha de cinco contra a Rússia, num amistoso, e vencemos bem. Etapas, períodos, ciclos de trabalho.

- Lembro do jogo amistoso contra Alemanha, que ela colocou seis no campo ofensivo. São estratégias por vezes que tu usa. Não na mudança de sistema, porque tu abre um livro e são todos iguais. A diferença está na mecânica, na movimentação, nas ditas transições. A rapidez com que tu chega na frente, na qualidade. É isso que modifica.

 

 

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