Daniele de Paula/Verde Agritech/Divulgação A Verde Agritech anunciou o uso de uma nova tecnologia, desenvolvida em parceria com pesquisadores das Universidades Federais de Minas Gerais (UFMG), do Mato Grosso (UFMT) e de São Carlos (UFSCAR), que permite aditivar o fertilizante mineral K Forte®, fonte de potássio sem cloro, com microrganismos. Chamada de Bio Revolution, ela adiciona no fertilizante produzido pela empresa o 'Bacillus aryabhattai', já consagrado na agricultura pelos seus benefícios na produção de alimentos.
O uso do microrganismo como aditivo foi aprovado, no mês passado, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A Verde Agritech é a primeira empresa do mundo a comercializar o produto já aditivado com o microrganismo. Antes, os agricultores precisavam adquirir o fertilizante e o aditivo separadamente.
"O principal efeito do uso dessa tecnologia inovadora é o de atribuir ganhos de qualidade biológica ao fertilizante e o K Forte® se mostrou um excelente veículo para adição de microrganismos nas lavouras", explica Cristiano Veloso, fundador da Verde Agritech. "A tecnologia também favorece a redução de custos de produção, reduzindo a necessidade de novas entradas na plantação, o ganho de produtividade das culturas e a sustentabilidade das fazendas”.
Atualmente, a companhia tem capacidade para produzir fertilizante aditivado com microrganismos para 500 mil hectares por ano. Com a segunda planta de produção, prevista para começar a operar até o fim do ano, a Verde Agritech estará apta a atender 2,5 milhões de hectares.
O lançamento da Bio Revolution será durante o 8º Encontro Técnico de Agricultura Sustentável, em Rio Verde, Goiás, entre os dias 26 e 28 de abril de 2022. Neste ano, o evento traz o tema "Bioinsumos: A nova realidade no campo".
Testes A autorização concedida pelo Ministério da Agricultura foi para o uso do aditivo biológico "Bacillus Aryabhattai" no fertilizante K Forte®, produzido e comercializado pela Verde Agritech. As pesquisas para o desenvolvimento da tecnologia Bio Revolution se iniciaram em 2015, e foram acompanhadas pelos especialistas da companhia em parceria com pesquisadores das universidades federais de Minas Gerais (UFMG), do Mato Grosso (UFMT) e de São Carlos (UFSCAR).
Os experimentos feitos em laboratório em 2020 e 2021 demonstraram que a população do microrganismo se manteve constante ao longo de seis meses após a aditivação no fertilizante. A tecnologia foi patenteada em agosto do ano passado.
Outras pesquisas estão em andamento para que, nos próximos meses, a companhia possa buscar novos registros e oferecer fertilizante aditivado com outros três microrganismos.
Atualmente, os produtos da Verde Agritech são utilizados por mais de cinco mil agricultores, contribuindo para a produção de alimentos em mais de 1 milhão de hectares.
O controle de qualidade da Bio Revolution seguirá a metodologia padrão dos laboratórios (baseado no modelo da Embrapa) e do MAPA. A Verde Agritech já atua com todas as licenças ambientais e é certificada com o ISO 14001, que confere eficiência ambiental na operação, e 9001, que reconhece a eficiência de gestão, assegurando qualidade de produtos e processos.
Sobre a Verde Agritech A Verde Agritech foi criada na Inglaterra pelo brasileiro Cristiano Veloso e tem capital aberto na Bolsa de Valores de Toronto, Canadá. A empresa produz fertilizantes à base de potássio, como o K Forte® — livre de cloro —, multinutriente, também fornece silício, magnésio e manganês, e o BAKS®, produto personalizado de acordo com a necessidade do agricultor, que fornece potássio, enxofre, manganês, silício e boro.
A matéria-prima para a produção dos fertilizantes da Verde Agritech é o Siltito Glauconítico, rocha de cor esverdeada rica no mineral glauconita. Esse mineral, embora utilizado há 200 anos nos Estados Unidos, é uma novidade no Brasil.
A empresa atende, atualmente, 0,76% da demanda nacional por potássio e se tornará, no segundo semestre, com a inauguração da segunda planta, em construção, maior produtor do Brasil, com 3,79% do mercado. Em abril, a companhia anunciou estudos para a planta 3 que elevará a produção para 16,41% da necessidade brasileira em 2024. A mina da empresa possuiu potássio para tornar o Brasil autossuficiente por 60 anos. A operação dela é sustentável, não produz rejeitos, o que evita a necessidade de construção de barragem.
A empresa opera em São Gotardo e Matutina, municípios de Minas Gerais, e a matéria-prima da Verde Agritech, além de ser produzida no Brasil, reduzindo custos, é livre de cloro, diferentemente do importado (Cloreto de Potássio - KCl).
A Verde Agritech conta com o Dr. Alysson Paolinelli, conhecido como pai da Agricultura Tropical, ex-Ministro da Agricultura e ganhador do World Food Prize, que faz parte do conselho diretor da empresa. A companhia registrou crescimento no faturamento, entre 2018 e 2021. As receitas da empresa passaram de R$ 3,8 milhões para R$ 119,3 milhões no período. A previsão é que o faturamento alcance cerca de R$318 milhões neste ano.
A quantidade de agricultores que aderiram ao potássio sem cloro deu um salto, passando de cinco mil, totalizando cerca de um milhão de hectares adubados com o produto Verde Agritech.
A empresa incentiva projetos sociais em programas como o Cultivando Amor, que doa parte do faturamento obtido com as vendas dos fertilizantes K Forte® ou BAKS® para instituições beneficentes nas 16 cidades em que o projeto está presente. Até o momento, já foram arrecadados mais de R$ 270 mil, e, para 2022, a meta é ampliar o projeto para cem municípios.
Serviço Lançamento da Bio Revolution
26 a 28 de abril
Encontro Técnico de Agricultura
Local: Instituto Federal Goiano, campus Rio Verde (GO) - Centro de Cultura e Eventos Jatobá - Rio Verde/GO
das 16h às 21h