“O chanceler da Alemanha acabou de confirmar a sua vinda ao Brasil no dia 30 de janeiro", escreveu o embaixador em sua conta no Twitter.
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O Chanceler da Alemanha acabou de confirmar a sua vinda ao Brasil no dia 30 de janeiro! Ele e a delegação de representantes do setor econômico da Alemanha se reunirão com o Presidente Lula e outros representantes do governo. Sinal de fortalecimento da cooperação entre ?? e ??! pic.twitter.com/fBt0RZep9r
- Alemanha retomará investimentos no Fundo Amazônia.
- Primeiro-ministro alemão deve vir ao Brasil nas próximas semanas.
— Embaixador Heiko Thoms (@AmbBrasilia) January 20, 2023
Para Thoms, a visita de Scholz, a segunda de uma autoridade alemã em menos de um mês, é um “sinal de fortalecimento da cooperação” entre os dois países.
Conforme a Agência Brasil noticiou ontem (19), o chanceler alemão viajará acompanhado por outros ministros e por representantes de grandes empresas alemãs.
Importante parceiro comercial brasileiro, a Alemanha tem manifestando interesse em uma reaproximação política com o Brasil, com a possibilidade inclusive de destinar mais recursos financeiros para custear projetos e ações de preservação ambiental desenvolvidos no país, principalmente na Amazônia.
No começo de janeiro, quando o presidente Frank-Walter Steinmeier veio ao Brasil para prestigiar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Alemanha anunciou o desbloqueio de € 35 milhões destinados ao Fundo Amazônia, a título de compensação pela redução do desmatamento no bioma amazônico durante o ano de 2017.
Criado em 2008, o fundo recebe doações de instituições e governos internacionais para financiar ações de prevenção e combate ao desmatamento na Amazônia Legal. Os recursos são usados para financiar projetos de redução do desmatamento e a fiscalização do bioma. Por razões políticas, o mecanismo chegou a ser paralisado durante a gestão Jair Bolsonaro.
No início de novembro passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o governo brasileiro reativasse o fundo em até 60 dias. A medida foi cumprida na atual gestão. Em seu primeiro dia à frente do Poder Executivo, Lula assinou o Decreto nº 11.368, autorizando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a voltar a captar doações financeiras para o Fundo Amazônia.
Além da área ambiental, Lula e Scholz, que é, de fato, quem comanda politicamente a Alemanha, também devem tratar de formas de ampliar as relações comerciais entre os dois países e o crescimento da extrema-direita em vários países. Ontem, durante a entrevista a GloboNews, Lula disser querer conversar com o chanceler alemão sobre como a extrema-direita vem crescendo na Europa e no mundo.
No último dia 9, o primeiro-ministro alemão usou o Twitter para condenar a invasão e a depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrida na véspera, em Brasília.
“Imagens terríveis nos chegam do Brasil. Os ataques violentos contra as instituições democráticas são um atentado à democracia que não pode ser tolerado. Estamos profundamente solidários com o presidente Lula e com o povo brasileiro”, escreveu o social-democrata alemão que, além do Brasil, deve visitar outros países da região.