A declaração foi dada pelo ex-chanceler no Palácio do Itamaraty, em Brasília, ao acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na recepção ao presidente da Argentina, Alberto Fernández. Amorim é o encarregado de Lula para tentar estabelecer discussões para um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia.
No último fim de semana, Amorim estava em Copenhague, na Dinamarca, em uma conferência sobre a Ucrânia, quando houve o anúncio da rebelião armada contra o exército do presidente da russo, Vladimir Putin.
Aliado de longa data de Putin, Yevgeny Viktorovich Prigozhin lidera um exército privado que inclui milhares de combatentes recrutados nas prisões russas. Os homens enfrentaram os combates mais ferozes da guerra na Ucrânia.
De acordo com apurações da Agência Reuters, Prigozhin protestou durante meses contra os altos escalões do exército regular, acusando os generais de incompetência e de reter munição de seus combatentes. Neste mês, ele desafiou ordens para assinar um contrato que colocava suas tropas sob o comando do Ministério da Defesa.
Segundo a Reuters, os combatentes do exército privado Wagner estavam a caminho da capital e ocuparam a cidade de Rostov. O presidente Putin classificou a rebelião como "facada nas costas".
Ontem (26), os mercenários desocuparam Rostov, no sul da Rússia, após acordo com o governo, e retornaram às suas bases em troca de garantias para a sua segurança.
Nesta segunda-feira (26), Prigozhin disse que a intenção do ato era registrar um protesto contra a condução ineficaz da guerra na Ucrânia, e não derrubar o governo de Moscou.
Texto ampliado às 16h26 e às 17h13