Outro incêndio causou o fechamento temporário do aeroporto de Palermo, na ilha da Sicília, no Sul da Itália, nesta terça-feira (25), e uma tempestade durante a noite arrancou telhados e derrubou árvores no Norte do país, matando duas pessoas.
Não fossem as mudanças climáticas induzida pelo homem, os eventos deste mês teriam sido "extremamente raros", de acordo com um estudo da World Weather Attribution, uma equipe global de cientistas que examina o papel desempenhado pelas mudanças climáticas em climas extremos.
O calor, com temperaturas chegando a 40 graus Celsius (ºC), está bem acima do que normalmente atrai turistas que lotam as praias do sul da Europa.
Em algumas partes do leste da Sicília, as temperaturas subiram para 47,6ºC na segunda-feira (24), perto do recorde europeu de 48,8ºC registrado na ilha há dois anos.
O clima foi ainda mais quente no norte da África, com temperaturas de 49ºC registradas em algumas cidades da Tunísia.
A vizinha Argélia mobilizou cerca de 8 mil bombeiros para controlar os incêndios letais, disseram as autoridades.
Os incêndios na ilha de Rodes na semana passada obrigaram as autoridades gregas a realizar a maior retirada já feita no país, com mais de 20 mil pessoas forçadas a deixar casas e hotéis.
"Vou afirmar o óbvio: diante do que o planeta inteiro está enfrentando, especialmente o Mediterrâneo, que é um ponto crítico das mudanças climáticas, não há mecanismo de defesa mágico, se houvesse, teríamos implementado", disse o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, nesta terça-feira.
Os cientistas descreveram o calor extremo como um "assassino silencioso" que afeta fortemente os pobres, os idosos e as pessoas com problemas de saúde.
Uma pesquisa publicada neste mês contabiliza que até 61 mil pessoas podem ter morrido nas sufocantes ondas de calor da Europa no verão passado, sugerindo que os esforços de preparação para o calor dos países estão falhando.
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